Marcadores

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Metabolismo 

Vejo cada vez mais nas academias de ginásticas pessoas falando e “discursando” sobre metabolismo, umas falam que não conseguem emagrecer porque tem o metabolismo lento e outras relatam o contrário, falam que não conseguem ganhar peso pelo fato de ter o metabolismo acelerado. Quando analisamos os artigos mais antigos percebemos que apesar de já existir uma gama de estudos sobre o tema as duvidas ainda são grandes.


Com uma breve analise histórica sobre o metabolismo, encontramos que os primeiros estudos no tema remontam a antiguidade na escola de Hipocrates, baseado na observação de um adulto que não conseguia ganhar peso mesmo ingerindo uma quantidade de alimentos e líquidos muito maior que a sua excreção (King, 1924). Outro estudo que faz uma analise histórica do tema é de Du Bois (1936) onde relata os experimentos Lavoisier em 1780, onde o mesmo identificou e denominou o oxigênio, dizendo que quando o oxigênio combina com substâncias combustíveis liberavam calor, provando ai que a oxidação era à fonte de calor em animais. Surgiram então os primeiros estudos relacionados à calorimetria direta em animais, estendendo seus estudos para o homem, Lavoisier associou que a exposição ao frio, à digestão e a atividade física se associavam ao aumento do consumo de oxigênio pelo organismo e consequentemente autuando no metabolismo

Já no século XIX estudos se pautavam com o estabelecimento das leis da termodinâmica, onde vários calorímetros diretos passaram a ser desenvolvidos na tentativa de aperfeiçoar as propostas de Lavoisier sobre o metabolismo (Durmin e Passmore, 1067). Não se perdendo muito na história e citando alguns artigos mais recentes sobre a taxa metabólica Wahrlich e Anjos (2001) fala de fatores que influenciam na taxa metabólica basal e relata que para mensurar a TMB alguns aspectos devem ser controlados, como a atividade física, ingestão alimentar e o nível de ruído ambiental. Fatores como o tabagismo e período do clico menstrual não podem relacionar-se com a TMB e sim com a taxa metabólica de repouso. 


Mais atualmente os estudos relatam que a TMB sofre influências da composição corporal, idade, gênero, ciclo menstrual, tabagismo, clima e atividade física. Porem, os três componentes mais estudados que influenciam diretamente na taxa metabólica são: a Taxa Metabólica de Basal (TMB), o efeito Térmico do Alimento (ETA) e o Efeito Térmico da Atividade Física (ETAF).


Segundo estudos de Ravussin e Swinbur (1992) conforme demonstra a figura a TMB constitui de 60 a 75% do gasto energético diário e está associado com a manutenção da maioria das funções corporais. O ETA é o aumento cumulativo no gasto energético após as refeições e constitui aproximadamente 8 a 10% do gasto energético diário e o ETAF que é o componente com maior variação no gasto energético diário e pode constituir de 15 a 30%. O ETAF inclui o gasto energético relativo ao trabalho físico, à atividade muscular e ao exercício físico.

Outro fator importante relacionado ao metabolismo é a massa corporal magra, no estudo de Schnaider e Meyer (2017) é demonstrada a importância de uma variedade de exercícios, principalmente para exercícios neuromusculares e combinados (aeróbio e neuromuscular) para manutenção e aumento da massa corporal magra e um posterior aumento do metabolismo.

Então antes de se preocupar com o metabolismo temos que verificar se os fatores que contribuem para o seu aumento ou diminuição estão sendo realizados corretamente. Lembrando que em um programa de exercícios físicos a prescrição deve ser individualizada, a dieta também tem grande importância para que os objetivos sejam alcançados. Se isso não esta acontecendo ou sua dieta esta inadequada ou o exercício não esta suprindo suas expectativas e necessidades. Ai talvez já tenha passado da hora de fazer uma avaliação física e nutricional criteriosa.

Referências:
KING, J. T., 1924. Basal Metabolism: Determination of the Metabolic Rate in the Practice of Medicine. Baltimore: Williams & Wilkins.
DU BOIS, E. F., 1936. Basal Metabolism in Health and Disease. 3rd Ed. Philadelphia: Lea & Febiger.
WAHRLICH, Vivian and ANJOS, Luiz Antonio dos. Aspectos históricos e metodológicos da medição e estimativa da taxa metabólica basal: uma revisão da literatura. Cad. Saúde Pública [online]. 2001, vol.17, n.4, pp. 801-817. ISSN 0102-311X. 
SCNEIDER, P; MEYER, F. O Papel do Exercício Físico na Composição Corporal e na Taxa Metabólica Basal de Meninos e Adolescentes Obesos. R. Bras. Ci. e Mov. 2007; 15(1): 101 – 107.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Contato



Marcos Barreto Treinamento Personalizado

MARCOS BARRETO ASSESSORIA ESPORTIVA E TREINAMENTO PERSONALIZADO desenvolve um trabalho voltado à promoção da saúde, qualidade de vida do individuo, propondo a criação de planilhas de treinamento específicas. Com a finalidade de viabilizar o bem estar físico e psicológico, através do exercício físico, uma vez que o compromisso é satisfazer o “cliente/ aluno” em seus objetivos, traçando metas da melhor e mais saudável maneira possível. 

Maiores Informações:
Cel.: (71) 988691186
Instagram: @marcosbarretoassessoria
Email: marcos.casais.barreto@gmail.com