O Resultado da balança x Dobras
Cutâneas o X da Questão
A balança é um dos equipamentos mais
utilizados e mais odiados nos centros de exercícios físicos “academias de
musculação”. Seu uso muitas vezes é equivocado e a resposta geralmente vem com
a insatisfação do aluno/ clientes com o programa de exercício físico. Mas como
utilizar como aliado esse equipamento “importante” e ao mesmo tempo tão
questionado por alunos e algumas vezes até por professores de educação física?
O que percebo é que existem muitos
críticos ao uso da balança e com o argumento de que “a balança não fragmenta a
composição corporal” ou que as mudanças do peso não são perceptíveis pelo
aumento da massa magra associado a perda de gordura. Já outros argumentam que a
mesma é “um método padrão ouro para análise da massa corporal total e um método
mais palpável para observação do aluno, sendo assim pode e deve ser utilizada
inteligentemente em dias específicos da semana e também para analisar níveis de
hidratação em algumas aulas como spinning, e em grupos de corrida”.
Pontos Importantes a Serem Destacados
A balança é uma medida padrão ouro (quando
calibrada).
A balança se caracteriza por análise de
uma medida de massa.
O resultado da balança está relacionado ao
peso corporal total.
As medidas de massa (balança) não
fragmentam a composição corporal.
Não tem como saber o percentual de gordura
(%G) de uma pessoa através da balança.
Métodos de análise da composição corporal
utilizados em academias como o %G são duplamente indiretos.
Os métodos para análise do %G tem um modus
operandi a ser seguido.
Será que esse modus operandi é seguido?
O modelo de %G através das dobras cutâneas
apresenta margens de erro.
O resultado expresso através da composição
corporal será utilizado para prescrição do exercício físico?
Será que é interessante falar pra um
gordo, que sabe que é gordo, que toda família dele sabe que ele é gordo que o
resultado da avaliação física é que ele está acima do peso?
Dentro desse contexto, tanto a balança
quanto o método de dobras cutâneas tem pontos positivos e negativos. Dentre os
pontos positivos da DC estão: o custo do aparelho é menor comparado a outros
mais sofisticados, é um método não invasivo, aplicável em grandes grupos, não
causa desconforto para o avaliado, material portátil de fácil transporte, boa
correlação com outros métodos para grupos específicos. Como pontos negativos
exige uma maior especialização (treinamento), pouca precisão em indivíduos
obesos, dificuldade de padronização dos avaliadores em relação aos pontos de
medidas, aplicação dos protocolos em grupos distintos. Já a balança apresenta
um ponto positivo que é inigualável, o fato de a pessoa poder se pesar em
qualquer farmácia e um outro ponto que pode ser visto como ponto positivo por
uns e ponto negativo por outros. O resultando
é expresso pelo peso total do indivíduo, sendo assim excelente para verificar
se o indivíduo perdeu peso ou se aumentou peso. Nesse caso, o resultado na
balança é nítido.
Pelo que escrevi acima alguns pensarão que
sou contra o método de dobras cutâneas. Muito pelo contrário acho uma
ferramenta interessante, só que não podemos realizar uma avaliação com dobras
cutâneas todos os dias. Daí que entra a balança, uma ferramenta mais acessível
que no final das contas expressa nitidamente o peso perdido e o peso ganho.